O aneurisma cerebral é uma condição que afeta os vasos cerebrais de milhares de pessoas, todos os anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10 a 15 pessoas em cada 100 mil habitantes no mundo são acometidas pela doença. A falta de diagnóstico rápido pode, no entanto, ser acarretado por dois tipos de silêncio relacionados ao aneurisma: aquele em que o paciente não fala sobre a doença e a comum ausência de sintomas.
Entenda que o aneurisma cerebral pode surgir de uma predisposição genética ou a doença ser favorecida por outras condições de saúde. Sçao elas: pressão alta, tabagismo ou algum trauma na cabeça.
A pior dor de cabeça do mundo
O aneurisma costuma ser assintomático e “aparecer” só no momento da ruptura, gerando uma aguda e intensa dor de cabeça, descrita por diversos pacientes como “a pior dor de cabeça do mundo”.
Entretanto, a investigação é recomendada, independente de sintomas, a pacientes com casos familiares e/ou fatores de risco. Tais como: hipertensão, diabetes, doenças renais, tabagismo e alteração dos níveis de colesterol e triglicérides.
Entenda a importância do diagnóstico rápido de um aneurisma
Em muitos pacientes, o aneurisma não-roto pode ser totalmente assintomático e pode ser tratado sem deixar nenhuma sequela. Porém, a falta do reconhecimento e de um diagnóstico rápido pode levar à morte.
Um aneurisma ocorre devido a uma fraqueza na parede do vaso cerebral que leva à formação de uma dilatação localizada, com grande risco de ruptura
Ao mesmo tempo que um diagnóstico e tratamento rápidos podem salvar a vida de um paciente, se não tratado, o aneurisma cerebral pode romper, levando a danos cerebrais ou à morte.
Além disso, apesar de ser considerado raro, o aneurisma cerebral pode ainda afetar crianças e bebês.
Quais são os sintomas do aneurisma cerebral
Os aneurismas cerebrais costumam ser assintomáticos. Isso porque os sintomas são causados somente após a ruptura. Para preveni-la, o paciente deve realizar investigação e tais fatores devem ser observados:
- Dor de cabeça (considerada a pior dor de cabeça da vida)
- Pescoço rígido e com dores;
- Náuseas e vômitos;
- Perda de consciência.
Diagnóstico rápido do aneurisma cerebral é essencial
O diagnóstico rápido é essencial quando se trata de diagnóstico de aneurismas no cérebro.
Como eles são assintomáticos e difíceis de serem detectados na maioria das pessoas, isso acaba por atrasar o diagnóstico. Em consequência disso, podem haver rupturas, levando a lesões cerebrais ou mesmo à morte.
Desse modo, os médicos devem realizar o diagnóstico e tratamento precoce. Isso é realizado com base na apresentação e investigação de sinais, a fim de evitar quadros clínicos graves e irreversíveis.
É possível, ainda, analisar os sintomas associados e o histórico do paciente.
Tratamentos para o aneurisma cerebral
O tratamento pode ser realizado através de cirurgia ou tratamento endovascular.
A escolha pelo procedimento depende de vários fatores, dentre os quais morfologia do aneurisma, idade do paciente e suas doenças, além de localização.
A cirurgia pode ser realizada por neurocirurgião, de modo minimamente invasivo, na maioria dos casos. Este tipo de tratamento costuma apresentar ótimo resultado neurocirúrgico, funcional e estético.
Há também o tratamento endovascular, que consiste na embolização e obliteração do aneurisma, utilizando técnica semelhante a do cateterismo cardíaco.
Escolha deve ser avaliada conjuntamente pelo neurocirurgião e o paciente
Ambos os tratamentos têm vantagens e desvantagens e a escolha deve ser realizada pelo neurocirurgião em conjunto com o paciente.
“Como a doença é silenciosa, somente um exame de imagem pode identificar o aneurisma cerebral. A angiotomografia computadorizada e a angiorressonância também permitem o diagnóstico antes do rompimento, o que dá a chance de um tratamento”, afirma o neurocirurgião dr. Carlos Eduardo Roelke, membro do Corpo Clínico da Tracto Neuro e chefe do Grupo de Neurocirurgia Vascular do Serviço de Neurocirurgia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica, cerca de 98% dos pacientes com aneurisma cerebral detectado antes do rompimento têm êxito no tratamento quando passam pelos tratamentos de cirurgia ou embolização.