Talvez você já tenha conhecido alguém com o diagnóstico de tumor cerebral. Apesar dos diversos tratamentos neurológicos disponíveis e cada vez mais eficazes, às vezes pode ser complicado abordar o assunto e obter informações precisas sobre qual é o mais adequado, especialmente quando o caso é de tumor maligno.
Este post do blog é exatamente para quebrar este tabu, abordando o que é um tumor cerebral, as diferenças entre os tipos de tumores, as técnicas usadas para seu diagnóstico e explorar os diferentes tipos de tratamentos disponíveis.
Quer você seja um paciente ou um médico que precisa encaminhar seu paciente a uma equipe de neurocirurgiões para uma avaliação mais aprofundada, as informações contidas aqui podem ajudar.
O que é tumor cerebral?
Os tumores cerebrais são conjuntos de células anormais no cérebro, que podem variar de crescimento não-cancerígeno a cancerígeno.
Um tumor cerebral é caracterizado pelo crescimento acelerado de um grupo de células que passam por mutação no cérebro ou nas meninges. Em decorrência disso, o tumor se comporta de forma incorreta, causando a formação de uma massa de células.
Em muitos casos, eles podem causar alterações no comportamento, coordenação motora, fortes dores de cabeça e até mesmo acidentes vasculares.
Felizmente, há vários tratamentos eficazes disponíveis para a doença, mas é importante entender quais tratamentos podem se adequar melhor às suas necessidades individuais.
Qual a diferença entre o tumor benigno e o tumor maligno?
Os tumores cerebrais podem ser benignos ou malignos e é importante entender a diferença entre eles.
Em resumo, enquanto os tumores benignos, geralmente, têm crescimento lento e gradual, os tumores malignos têm crescimento agressivo e infiltrativo.
Os tumores benignos costumam ser circunscritos e raramente se espalham, por isso possuem maior chance de cura. Já os tumores malignos podem destruir o tecido cerebral saudável e ainda comprimir o cérebro, causando um aumento na pressão intracraniana.
Quais os principais sintomas de um tumor cerebral?
- dores de cabeça muito fortes, acompanhadas de náuseas e vômitos;
- crises convulsivas;
- perda de força e equilíbrio;
- perda da audição ou alterações visuais, como ver pontos brilhantes e flashes;
- perda da sensibilidade (não sentir a diferença entre frio e calor);
- mudanças de humor e na personalidade;
- mudanças na capacidade de fala e de articular as palavras.
Quais são as causas de tumor cerebral?
Os tumores cerebrais primários podem ocorrer de forma esporádica ou relacionados a predisposições genéticas.
Já os tumores secundários ocorrem devido à metástase de um câncer localizado em outra parte do corpo, como o câncer de mama. Ela ocorre quando as células que estão causando a formação de cânceres e tumores se descolam do ponto de origem e se espalham pelo corpo, podendo chegar ao cérebro.
A maioria dos tumores cerebrais acontece devido à metástase. Os outros casos são originados totalmente no cérebro ou nas meninges e costumam não se espalhar pelo resto do corpo do paciente.
Quais são os tipos de tumor cerebral?
Os tipos de tumor cerebral variam conforme o tipo de célula afetada. Entre eles, podemos destacar:
- Meningioma: surgem nas meninges, que são as membranas finas e viscosas que recobrem o cérebro ou na medula espinhal;
- Astrocitomas: tumores que se iniciam nas células astrócitos;
- Gliomas: tumores que se iniciam nas células gliais ou neuróglia, presentes no sistema nervoso central;
- Ependimomas: tumores que se iniciam nas células ependimais, que são células epiteliais colunares e revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula;
- Gangliogliomas: afetam os neurônios e as células gliais;
- Meduloblastomas: cometem as células neuroectodérmicas do cerebelo;
- Adenoma de hipófise: afeta a hipófise fazendo com que ela aumente de tamanho;
- Craniofaringiomas: costumam surgir na base inferior do cérebro, próximo ao crânio;
- Oligodendroglioma: tumores que se iniciam nas células oligodendrócitos.
Quais são as formas de diagnóstico e tratamento para um tumor cerebral?
Os exames para diagnosticar um tumor cerebral são: tomografia e ressonância magnética do crânio.
O tratamento de tumor cerebral depende de sua localização, tipo e estágio da doença. Ele pode ser tratado por meio de procedimentos cirúrgicos, quimioterapia e radioterapia. No caso da neurocirurgia, é realizada cirurgia para a ressecção máxima segura, preservando as funções cerebrais e aumentando a qualidade e quantidade de vida.
Cirurgias minimamente invasivas
Sempre que possível é dada preferência às cirurgias minimamente invasivas, como a endoscopia da base do crânio, que é indicada por proporcionar acesso direto e com menor trauma cirúrgico a lesões malignas ou benignas situadas na base do crânio.
A recuperação da cirurgia minimamente invasiva é mais breve em relação à cirurgia tradicional, com cicatrizes menores e menor dor pós operatória.
Este tipo de cirurgia é usado nos casos de meningiomas, craniofaringiomas, cordomas, tumores da hipófise e tumores da órbita.
São cirurgias complexas, que necessitam de equipe composta por neurocirurgião especialista, otorrinolaringologista, além de monitorização neurofisiológica.